Jesus, ensinando seus discípulos a orar, deixou a oração do PAI NOSSO. Se interpretarmos cada pedaço dessa oração, chegaremos à parte em que Jesus diz: “e não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal”. Tentação é algo tremendamente desprezado em nossos dias. Diz a sociedade de que “não podemos nos arrepender do que fazemos e que temos que ser felizes fazendo o que gostamos”. Mas só podemos entender o que é tentação se olharmos para Jesus. Tentação é tudo que pode nos afastar de Deus, levar-nos a pecar e nos destruir. Se não há referencial da sociedade para tentação, e tudo é permitido segundo cada padrão individual, então, segundo a Palavra de Deus podemos prever para nossos dias o que é tentação.
Tentação pode ser o cigarro, a bebida exagerada e as drogas; pode ser o sexo casual, promiscuo e a pornografia; pode ser a glutonaria, a vaidade, o egoísmo, a violência; ou os sete pecados capitais conhecidos pela Igreja Católica e pelos filmes.
Mas o que gostaria de salientar é como nós podemos escapar da tentação: é fugindo dela. É muito mais fácil não cair em uma tentação quando ainda nunca fomos envolvidos nela especificamente, do que quando já caímos anteriormente. Os exemplos mais típicos são as drogas, a bebida e o cigarro. Quem já foi viciado e conseguiu largar desses vícios deve se afastar totalmente dessas práticas. O que quero dizer é que a tentação vem de encontro com nossa maior fraqueza, e cair na tentação nos torna mais vulnerável a outras práticas e a ficarmos mais presos nela.
Veja o efeito da nicotina no cigarro. O tabaco é rico em nicotina, que estimula a produção de dopamina, um dos maiores mediadores químicos das células, que atua nos centros de prazer do cérebro. Sem a nicotina, o cérebro do dependente recebe menos dopamina. Para compensar, o organismo produz mais noradrenalina. Por isso, quando alguém pára de fumar, fica nervoso ou irritado. Além da irritabilidade, as células de nosso sistema nervoso guardam na memória as sensações da nicotina e por um mínimo de estímulo qualquer aumentam a sensação de necessidade dessa substância. Então, assim como o álcool, a pessoa que já teve problemas sérios com esses vícios deve ter uma abstinência total dessas substâncias, porque as sensações ficam armazenadas no cérebro esperando qualquer estímulo.
Mas, e as tentações? As tentações são estímulos dados a nós, físico, espiritual ou psicologicamente, para abrir o caminho ao que a Bíblia chama de pecado. E o problema disso é que, como as drogas, a bebida, o cigarro, o sexo casual, a pornografia, o pecado sempre está próximo de outro pecado, principalmente quando já o praticamos anteriormente. Tudo fica guardado em nossa memória, em nosso subconsciente e em momentos de fraqueza, oportunidade, estímulo das tentações, nossa memória estimula nosso corpo para “consumir” e praticar esse pecado. Isso sem contar na tentação da primeira vez, do prazer pelo prazer, da curiosidade pelo desconhecido.
Por isso que pessoas caem com mais facilidade em certos vícios e pecados que outros, e vice-verso. Cada um tem sua história e suas fraquezas.
Temos o mundo que nos tenta, o diabo que nos tenta, e a carne (nossa natureza) que nos tenta. Mas para que possamos não cair em tentação, devemos entender duas coisas. Primeiro, precisamos ter vontade de combater e vencer a tentação. Isso depende de nós. Segundo, e mais importante, não é por nossa força apenas que venceremos, mas sim pelas forças de Cristo. Jesus nos ensina a pedirmos para Deus que não nos deixe cair em tentação. Ou seja, é Deus, segundo seu poder, que nos ajudará a vencer qualquer fraqueza e pecado. Como? Ele diz para que venham a Ele todos que estão cansados e sobrecarregados, e Ele os aliviaria.
Devemos andar com Deus, e assim, não teremos mais vontade das coisas que nos destroem, que nos afastam de Cristo. E mesmo quando cairmos, Ele nos levantará e nos perdoará, pois o sangue de Jesus nos purifica de todo mal, principalmente de nossa própria maldade e de nossas fraquezas.
Que Deus nos fortaleça e não nos deixe cair em tentação. TRILHA 27.
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